Chegou sorridente e ao lado da mulher, Georgina. Rodeado de um enorme aparato, foi ao início da manhã que o internacional português chegou a um tribunal na capital espanhola para resolver o processo judicial que o acusava de fugir ao pagamento de impostos de rendimentos sobre os direitos de imagem em Espanha, quando jogava no Real Madrid. Entrando e saindo sem prestar quaisquer declarações, Cristiano Ronaldo acedeu apenas a posar para as selfies com os fãs e a dar autógrafos.
A acusação era clara: o jogador agora ao serviço da Juventus teria criado de forma consciente empresas na Irlanda e nas Ilhas Virgens britânicas para defraudar o fisco espanhol em perto de 15 milhões, num total de quatro delitos contra os cofres do Estado espanhol, entre 2011 e 2014. O também capitão da seleção portuguesa de futebol pagará apenas a multa – que ascende aos €18,8 milhões e não terá de cumprir a pena de prisão de 23 meses porque a justiça em Espanha só aplica penas inferiores a 24 meses quando os acusados têm antecedentes judiciais.
Ainda assim, o tribunal não aceitou que o acordo fosse assinado por procuração nem aceitou o pedido dos advogados para que o futebolista pudesse entrar pela garagem, de forma a evitar a imprensa.
Na noite de segunda-feira, o avançado alinhou durante os 90 minutos do encontro entre a Juventus, heptacampeã e líder do campeonato italiano, e o Chievo, lanterna-vermelha, em Turim, onde a formação da casa venceu por 3-0, apesar de Ronaldo ter desperdiçado uma grande penalidade.