Pelourinho e Casa da Rainha
Monumento nacional desde 1910, o pelourinho da Aldeia Galega da Merceana ergue-se na praça central da localidade, em frente da Casa da Rainha (onde a Rainha D. Leonor, casada com D. João II, costumava ficar alojada quando percorria a via medieval galega nas suas viagens entre Lisboa e Caldas da Rainha) e da Igreja da Misericórdia. Este conjunto de edificações dá conta da importância histórica da Aldeia Galega da Merceana, que recebeu o seu primeiro foral de D. Dinis em 1305 – na época, a povoação era denominada por Montes de Alenquer. Ao fazer da aldeia sede de comarca, D. Dinis colocou a Aldeia Galega no mapa, dando-lhe importância, e fazendo com que fosse visitada por reis e rainhas (como foi o caso de D. Leonor), nas suas deslocações.
O Pelourinho, do século XVI, é de base poligonal e está ornamentado com faixas vegetalistas, típicas do estilo Manuelino. É recuando a esta época que se realiza, na aldeia, a Feira Renascentista.
Aldeia Gavinha
Acredita-se que a sua fundação remonte ao séc. XV, altura em que os sobreviventes de um surto de peste numa população vizinha ali se refugiaram. Na Aldeia Gavinha o tempo parece estar suspenso, enquanto passeamos pelas ruas, entre casas de lavradores, casas brasonadas, igrejas e capelas. Entre os monumentos mais interessantes, estão a Igreja de Santa Maria Madalena, com o seu bonito conjunto de azulejos do séc. XVII e a Fonte Gótica no Largo da Fonte.
Convento de Santo António de Charnais
Um convento Franciscano do século XVII recupera o seu esplendor original para dar as boas vindas a quem chega à Merceana. No cimo do monte, o Convento de Santo António de Charnais, integralmente restaurado graças ao Fundo Rainha D. Leonor, é um dos mais belos monumentos da localidade. Ali esteve em ruína, durante décadas, até que a Santa Casa de Aldeia Galega da Merceana o mandou reabilitar. O monumento, entretanto classificado pela Direção Geral do Património Cultural, dispõe de um valioso património integrado, sobretudo ao nível da azulejaria e pintura mural, de grande qualidade. Pertenceu originalmente aos frades Capuchos da Ordem de S. Francisco e a sua construção remonta a 1598. Na Igreja, vale a pena percorrer os painéis com cenas da vida quotidiana dos frades através de uma decoração de grande riqueza, diversidade e erudição nas temáticas adotadas nos azulejos dos séculos XVII e XVIII. Depois da reabilitação, tornou-se possível visitar também o claustro, o refeitório, e demais dependências. O Convento está agora aberto a visitas e ao culto sem deixar de ser útil à matriz social de sempre com atividades para todas as gerações.