Quem trava agora a luta dos professores?
Desta vez, os professores exigem que este périplo de desprezo relativamente ao seu trabalho termine, escreve a docente Carmo Machado
Educação inclusiva: O grande desafio e um decreto irreal
De vez em quando, ficamos com a ideia de que quem legisla sobre educação nunca esteve numa sala de aula a ensinar…
O Hijab e a Escola Pública
Por todo o lado, as mulheres, revoltadas e em solidariedade com as mulheres iranianas, cortam os cabelos, queimam os véus, provocando uma cadeia de reações cujo final é ainda imprevisível
Andará a escola a enganar os jovens?
Os alunos do quinto, sexto, sétimo e oitavo anos de escolaridade transitam todos, independentemente do número. Conseguem imaginar o que se avizinha nas salas de aula das escolas difíceis nos próximos anos letivos, se tivermos em consideração que tal transição não teve sequer em linha de conta o número maior ou menor de processos disciplinares de que o aluno foi alvo? A reflexão da professora Carmo Machado
Os mirtilos do senhor Mário Nogueira
Talvez, por isso mesmo, fosse também altura de Mário Nogueira regressar às escolas e ao ensino, profissão que abandonou há demasiados anos para conhecer exatamente as suas idiossincrasias
A escola e a guerra: Será que basta assinalar um minuto de silêncio, usar t-shirts azuis e amarelas, construir bandeirinhas ucranianas na aula de EVT?
Ao ouvir há dias a filha de uma amiga que frequenta o 12º ano do curso de Humanidades dizer que a professora de História não falava da guerra porque estava atrasada no programa e não podia perder tempo com isso, tive a certeza de que, mais uma vez, a escola não estava a cumprir uma das principais funções para a qual deveria estar designada
Para que serve a escola afinal? Depende, responde esta professora
"A escola serve para tentar resolver os problemas com que diariamente se vê confrontada e ignorá-los, cobrindo-os pomposamente com os conteúdos curriculares ou com as tão em voga aprendizagens essenciais, pode resultar num remendo barato que pode rebentar antes do verão"
Os filhos da pandemia. O aflitivo retrato de uma professora sobre os efeitos dos confinamentos nos alunos
Os filhos da pandemia não escrevem, não falam, não lêem, não compreendem, não interpretam, não pensam…Retirem-lhes o telemóvel e as redes sociais e ficaremos perante seres desprovidos de qualquer interesse. O retrato de uma geração profundamente afetada pela pandemia, traçado pela professora Carmo Machado
Para que serve a escola, afinal? A reflexão de uma professora
Quando a escola permite que indivíduos cheguem ao 12º ano sem a mínima interiorização das regras básicas de educação e de socialização, sem respeito por si próprios e pelos outros, sem vontade de cumprir os seus deveres, sem consciência do triste estado em que se encontram, quem falhou?
À mesa com uma inspeção do Ministério do Educação. O relato de uma professora sobre as angústias da avaliação
Das muitas questões que me foram colocadas, como faz para que um aluno saiba exactamente o que deve fazer para conseguir sucesso, não lhe parece que ainda há muitos professores que usam os dados recolhidos com a avaliação formativa para a transformação em classificação, e que formação tem em avaliação, senhora doutora?... talvez a que mais me angustiou foi a seguinte: Então se faz corretamente a avaliação formativa dos seus alunos, como explica ainda a existência de classificações negativas nas pautas?
A escola, como eu a imagino...
Uma proposta de gestão estratégica do Currículo, pela professora Carmo Machado
E a nossa saúde mental?
Aquelas conversas triviais com amigos e conhecidos? Muitas passaram a ser evitadas e substituídas por um sms curto, rápido. Já não fazem esforços para quase nada. Tudo o que são ou julgavam ser, todos os sonhos por realizar parecem ter-se diluído nos muitos meses de isolamento e solidão. Por isso, lanço-vos este repto: Se te sentires a escurecer por dentro, faz como nós fizemos, procura ajuda!
Terão os nossos jovens perdido a esperança?
Ainda que tenhamos atravessado todos estes meses ilesos, tal é apenas aparente. Agora que a vida parece estar a regressar à normalidade, deparo-me diariamente com crianças perturbadas, jovens perdidos, adultos angustiados e velhinhos tristes. Os rostos trazem estampados uma dor indecifrável, por vezes ténue, por vezes recortada a cinzel. Fiquemos atentos: nada ficou como dantes, avisa a professora Carmo Machado
Recuperação das aprendizagens - A História do Gato Escondido com o Rabo de Fora
Se quiserem eficácia nas vossas recomendações, falem com quem está no terreno há trinta anos e escutem atentamente as nossas propostas
Carta de uma professora a propósito do regresso ao ensino à distância
No início de mais um período de ensino remoto de emergência, multiplicam-se as notícias, opiniões, propostas - vindas de todo o lado - sobre como fazer ou não fazer, o que deve ser ou não deve ser este ensino. Vamos então por partes e, se fazem favor, ouçam os professores
Balanço 2020
Deste ano, fica a maior das aprendizagens desse currículo oculto que é a vida: a consciência de que, num instante, tudo pode mudar
E se as escolas voltarem a encerrar?
"Pedi aos meus alunos do Secundário (cerca de 100) um depoimento escrito sobre o seu período de confinamento. Os meus grandes receios confirmaram-se: esta experiência, na maioria dos casos, foi mais traumática do que eu esperava". Os testemunhos recolhidos pela professora Carmo Machado
Na linha da frente, senhor primeiro-ministro!
Senhor primeiro-ministro António Costa, pressinto que algo vai correr mal nas nossas escolas a qualquer momento. O número de alunos por turma continua exagerado e como me dizia um miúdo ontem: Stora, basta estender o braço para tocar no colega do lado
O apelo da memória
Talvez devêssemos começar o ano letivo, nas escolas de todo o país, com uma atividade que fosse transversal a todas as disciplinas, ciclos e idades: A Semana da Tolerância.
Não me falem já do regresso às aulas, por favor!
A professora Carmo Machado explica porque optaria sem pestanejar por um cenário de aulas em regime misto no início do ano letivo
E agora, que notas lhes vamos dar?
A verdade é que ensinar neste terceiro período foi diferente e, por isso, avaliar também terá de o ser. Mas será mesmo assim? Será que foi tudo tão diferente do habitual? Tínhamos mesmo as competências necessárias, professores e alunos, para ensinarmos e aprendermos desta forma? Eu tenho dúvidas. Os meus alunos raramente ligaram a câmara. Quando o fizeram, a pedido, quase imploração, fui surpreendida com alunos despidos da cintura para cima, enfiados na cama, estendidos no areal ou mesmo a tomar uma refeição com toda a família... A reflexão da professora Carmo Machado