João Gago da Câmara

João Gago da Câmara

Escritor
João Gago da Câmara, natural da ilha de São Miguel, nos Açores, nascido em 1956, exerceu a profissão de jornalista/locutor na RTP Açores e redator/repórter no jornal Correio dos Açores. Fundou ainda o seu próprio jornal, o Correio do Norte. Publicou dois livros, o primeiro de crónicas lançadas na imprensa escrita, “Fragmentos entre dois Continentes”, o segundo em forma de reportagem realizada em Santa Catarina abordando a emigração açoriana para o sul do Brasil, que intitulou de “Dos Vulcões ao Desterro”. Colaborou com as rádios Clube de Angra, Nova Cidade, Pico, Graciosa, Asas do Atlântico, Voz do Emigrante e ainda na imprensa escrita com crónicas semanais no Diário dos Açores e no Diário Insular, no arquipélago açoriano; no Portuguese Times e no Portuguese Tribune, nos Estados Unidos da América e ainda no Milenio Stadium e no Voz de Portugal, no Canadá. Hoje está aposentado, mas continua a escrever.
Paralelo 38

Maria Clara, cantadeira açoriana

A cantadeira açoriana mais popular dos nossos dias, Maria Clara, a segunda Turlu, como já a cognominaram, é natural do Raminho e começou a cantar em setembro de 2009, com 13 anos

Paralelo 38

Mulher de xaile negro

Aproximava-me a passos largos da mulher e fantasiava sobre aquele vulto sombrio, agachado na porta de casa. Talvez um ser desligado do mundo. Talvez uma mulher sequestrada por lembranças

Paralelo 38

Um açoriano no Pentágono

Esta história sobre Eduardo Pires, a desempenhar funções na inteligência norte-americana e com um percurso pessoal e profissional verdadeiramente invejável, tem outro sabor quando o comandante americano é originário dos Açores

Paralelo 38

A vontade dos açorianos

Um trabalho exaustivo, com sérias preocupações de rigor, demonstrando a capacidade de investigação, de análise e de exposição

Paralelo 38

A ilha também chora buganvílias

A ilha não é tão só esse paraíso conjeturado, esse andor florido, esse cheiro intenso a macela. Ela é também remota cidadela em cerco permanente de água, muralhada de vento

Paralelo 38

Rocky, papagaio açoriano em viagem

A 14 de maio passado, em plena pandemia, Rocky, o papagaio do criador açoriano João Cymbron, foi um dos que não aguentou aquele teto baixo sobre a gaiola. Faltava muito azul ali. Após o treino de voo, aproveitou a porta aberta esquecida pelo dono para se esgueirar e arriscar altos voos

Paralelo 38

Açores abrem-se ao turismo

Desde 29 de maio que os aeroportos açorianos começam a receber o turismo nacional e internacional sem a necessidade de quarentenas. A Região Autónoma dos Açores, considerada limpa, direciona-se, neste importante setor, ao regresso à economia

Paralelo 38

Da esterilidade vulcânica à beleza dos Açores

O nosso olhar sobre as ilhas Terceira, Graciosa e Pico tentará desvendar a beleza destas três ilhas então "desconhecidas", explicando-a numa perspetiva geoturística

Paralelo 38

Açores, pandemia e Constituição

Vasco Cordeiro não desarma. Persiste na corrida para a frente, aplaudida pela maioria dos açorianos. Neste caso, ter medo é ser corajoso. Para um problema de saúde pública sem precedentes, o presidente dos Açores optou por medidas excecionais de salvaguarda da segurança e da vida dos ilhéus

Paralelo 38

Senhor Santo Cristo dos Milagres

Reza a lenda que, há séculos atrás, religiosas de um convento localizado na zona da Caloura, vila de Água de Pau, da ilha de São Miguel, descontentes com o cada vez maior afastamento do povo local da sua igreja, escreveram ao Santo Padre a pedir-lhe o envio de uma imagem que unisse em adoração o povo infiel

Paralelo 38

Os homens não se medem aos palmos

Fica o tributo necessário e a memória de quem parte. Fica a emigração, a viagem e o luto. Fica mais um embalo no berço da açorianidade

Paralelo 38

Abril do lado norte da ilha

Quem não gosta de Abril? Os que discordam do autoritarismo desajeitado de Ferro Rodrigues, que impôs uma comemoração dando um mau exemplo aos que vivem há semanas entre quatro paredes?

Paralelo 38

Açores: Ontem e hoje

O boom do turismo nas nove ilhas atlânticas portuguesas, por incrível que pareça, aconteceu num passado bem recente. Foi ontem. Parece impossível! É que hoje os Açores são ilhas desertas de gente de fora

Paralelo 38

As lições da praga

Hoje, nas casas dos sete bilhões e meio de seres humanos, finalmente não se desvia o olhar, olha-se nos olhos, conversa-se, acarinha-se, abraça-se. Nas ilhas açorianas, em muitos lugares, ouve-se o mar, antes abafado pelo ruido dos carros. As famílias reencontram-se. O "bicho" está lá fora, as paredes são refúgio

Paralelo 38

Nos Açores, prevenir é o melhor remédio

Contrariamente ao Governo da Região, o Governo da República não esteve bem ao não considerar as contingências arquipelágicas. Os Açores, 9 ilhas, isoladas do mundo e cada uma delas isolada das outras, dispõe apenas de três unidades hospitalares e de uma única unidade para cuidados médicos de doenças infeciosas. O arquipélago está a duas horas de avião de Portugal continental

Paralelo 38

Trezentas e sessenta e cinco voltas ao sofá

Uma União que foi criada com o objetivo de pôr termo a guerras fratricidas entre países vizinhos, que culminaram na Segunda Guerra Mundial, dessodilariza-se quando as sirenes tocam a reunir? Um por todos e todos por um? Onde? Quando? Como?

Opinião

Aqui os sinos dobram

E cá, nos Açores, olhando para o desastre em Itália, as pessoas são, para já, todas de Wuhan, bloqueando-se em casa, indiferentes às tricas políticas. Haverá mais mundo depois do vírus, se estancarmos a sua transmissão e o matarmos por falta de hospedeiros. Aos políticos o que é dos políticos. Estamos em modo de sobrevivência

Opinião

Encerrar aeroportos açorianos

Lei é lei até ser alterada, mas Vasco Cordeiro, com as consequências políticas e outras que essa posição lhe poderá trazer, assume, corajosamente, que " vale a pena correr o risco de desobediência à legislação nacional"

Opinião

Primavera açoriana

Numa cota superior ao vale, a lagoa, como que suspensa, espelha o céu, a vegetação e, no silêncio profundo deste mundo visto de cima, tudo é simplesmente belo e há uma paz indescritível

Opinião

Romarias: Sal da terra e luz do mundo

Fruto do isolamento e dos desafios que enfrentaram, os romeiros quaresmais micaelenses ultrapassam as suas próprias pegadas, mais espirituais do que físicas, calcorreando as veredas sinuosas da ilha. Não é raro encontrá-los. Acontece, com assombro, nesta aparição, sem que possamos fugir-lhe, comungarmos com os humildes romeiros a brutal estranheza da condição humana, a visão esmagadora da nossa fragilidade

Opinião

Base das Lajes: Da indignação açoriana à indiferença americana

"Um país, seja ele qual for, que perde a sua dignidade, perde tudo. As autoridades regionais, conjuntamente com as nacionais têm de ter a frontalidade de dizer aos norte-americanos o que, de facto, pensam acerca das várias matérias que estão em cima da mesa das negociações"