Valter Hugo Mãe

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Jornal de Letras
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Revolução todos os dias

Este é o aniversário que me importa. O aniversário do meu país que me importa. Todos os outros foram apenas a preparação para este, que se impõe, como se 800 anos apenas ensaiassem a glória de chegar a 1974.

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Lhano

Que a Isabel não esteja mais aqui, dá-me a ideia de me ter morrido o lado esquerdo do corpo, um lado de dentro, uma parte inteira. Não era nada pela metade. Uma vastidão. Morreu-me uma vastidão. Não vou acreditar jamais

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Cesariny, Rock Star

Mário Cesariny tinha jeito de uma autêntica estrela rock da poesia nacional. Talvez a única. Certamente a única que assinou uma obra de tão extrema qualidade nunca se prejudicando pela excentricidade ou exagero do aparato teatral que montava pessoalmente.

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Criatura

São a mais importante banda do país neste instante. Quem assiste a um concerto [deles], vê a luz. É o país da Democracia no palco, o país com que todos sonhamos, pelo qual tivemos ilusão. Os Criatura parecem bandeiras e família, uma aldeia vibrante que pulsa no coração até da mais adormecida cidade

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Lygia Fagundes Telles: A morte da escritora perfeita

Crónica de Valter Hugo Mãe em louvor a Lygia Fagundes Telles, recentemente desaparecida

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O mundo submerso

Autobiografia imaginária, a crónica de Valter Hugo Mãe

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Elza Soares Inteira

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Sem mais sombra

Encontrar Lourdes Castro é muito mais do que lidar com a memória do muito melhor da arte do século XX, é ficar perante a persistente candura, a alegria sincera de uma mulher cuja sapiência a levou à conquista mais preciosa: a amorosidade

"Há Laranjeiras em Atenas", de Leonor Xavier: O sumo da vida Jornal de Letras
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A menina

A Leonor Xavier escapou a vida inteira a deixar de ser menina. Não sei como fez, mas ganhou idade sem jamais perder o privilégio de exercer a infância.

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O Cristo de Thorvaldsen

Não se faz a paixão, sucumbe-se a ela exactamente pelo mesmo mistério com que os deuses haverão de existir. A paixão e Deus são da mesma natureza. Haverão de dialogar incessantemente

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O casamento das crianças

A mim, o que parece normal é catar milagres porque há milagres em toda a parte, dependem apenas da nossa capacidade de encantamento. Para uma alma assim, o amor é o cimo da montanha, o extremo do sol, a luz levantada sobre todas as cabeças

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A ideia da morte

A solidão é uma corrupção do propósito humano. Estamos todos desafiados com o cárcere da pandemia. Iguais aos autómatos, somos plurais pela graça dos ecrãs, de dispositivos elétricos que nos instalam numa cidadania cada vez mais virtual. Uma cidadania sem corpo.

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Sem festa

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A Tempestade de um Minuto

Tenho andado a convencer-me de que nunca vi o nosso mar assim. É certamente da perturbação da pandemia, do cansaço, de não haver ninguém, mas é facto que se põe em montanhas de água, que treinam para se porem de pé.

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A tempestade de um minuto

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Poetas suicidas

Fôssemos verdadeiramente assistidos pela divindade e nada se deixaria à deriva, tudo ganharia propósito e certamente a poesia seria desnecessária

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Bienal de Cerveira

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Domingo de Fernando Namora

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Cárcere com Caetano Veloso

Primeiro plano para lidar com o desafio, sua voz abrindo na casa, como se pássaro subitamente cantasse pelo interior, mas sem perder voo nem o céu inteiro

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Criar a partir do monstro

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Estar em casa