Não tem nada que enganar. Quando chove o mundo divide-se em dois grupos: O do “Ai esta chuva, que horror, uma pessoa até fica deprimida” e o do “Ai que bom, faz tanta falta”, concedendo os primeiros que sim, que é necessária mas que podia “chover só em cima dos campos e barragens” e os segundos que sim, que complica um bocado a vida. E continuando com os clichés, se ela cai nos meses certos, garantido é também alguém lembrar aos queixosos que “é o tempo dela”. E aqui é que está o problema. O tempo dela é cada vez mais uma incógnita.
No Dia Mundial da Água, que hoje se assinala, publicamos um episódio especial das “Conversas Verdes”, com o coordenador de Ambiente da VISÃO, Luís Ribeiro, a entrevistar Ana Luís, vogal executiva da AdP – Águas de Portugal, que deixa um aviso nada alarmista mas muito alarmante: “No final do século, um ano de precipitação média em Portugal será equivalente ao que chamamos hoje de ano de seca”, o que nos deixa a ter de olhar para outras fontes de água, como o tratamento de águas residuais para reutilização. O problema: não a tecnologia, mas os custos. Para o País e, logo, para os consumidores. Para ver e/ou ler aqui.