Bom dia, caro leitor. Como não há grande espaço para a poesia na maioria das notícias que marcam os nossos dias, voltei a pedir emprestados uns versos ao senhor meu pai para compor um título bonitinho. É que precisamos muito de poesia na nossa vida, juro que sim, embora nem sequer seja necessário pôr-me com juras quando tenho a ciência do meu lado (prepare-se).
Em Poeta no Supermercado, de 1963, o meu pai escreveu “Um homem tem que viver / com um pé na Primavera” e, logo a seguir, “Tem que viver / cheio de luz. Saber / um dia com uma saudade burra / dizer adeus a tudo isto.”