Após a entrega dos malfadados Kamov e dos tanques Leopard, umas máquinas grandes demais para as nossas unhas, entre outros equipamentos, será que não era de, outra vez, resolvermos o problema de desinvestimento na nossa segurança interna e na defesa do País ao longo de décadas, enviando para as águas agitadas da guerra no Leste europeu o NRP Mondego, cuja guarnição se recusou a controlar uma incursão russa ali em Porto Santo?
Apesar de, no pico dos efeitos da insubordinação no navio estacionado em águas do Funchal, o Governo ter aprovado (ontem em Conselho de Ministros) um pacote financeiro considerável de investimentos na Defesa – e da ministra pouco ou quase nada ter dito sobre o incidente -, na verdade é que foram décadas de um nítido desinteresse por parte do Bloco Central no setor (com a exceção de momentos de paixão assolapada, como a polémica compra de submarinos) que só a atual guerra na Ucrânia veio mudar.