Com tantos séculos de História, sabemos bem como somos um País ciclotímico, com um indisfarçável distúrbio bipolar. Ou somos os melhores do mundo ou uns desgraçados merecedores de todas as críticas e castigos (mas, neste caso, convém sermos nós a dizer isso e não um forasteiro qualquer). Lembro-me bem de dois momentos de particular euforia:
1998. Com a grande Exposição Universal em Lisboa éramos o centro do mundo, felizes e orgulhosos anfitriões que nesse mesmo ano ainda vimos, pela primeira, vez um escritor português ganhar o Nobel da literatura.
2016/17. E não é que com um chuto certeiro do Éder ganhámos o Euro numa final contra a França? E não é que, mais incrível ainda, depois de tantos desaires, ganhámos mesmo a Eurovisão com um músico que poucos conheciam, de seu nome Salvador? ( Portugal, twelve points!, escrevíamos, então, na VISÃO).