O Mundial do Qatar, há muito marcado pelas sombras negras das polémicas, dos escândalos ignorados e das mortes abafadas, terminou afinal com uma imensa claridade e com um dos maiores hinos ao futebol a que o planeta já assistiu: com a mais bela, emotiva, vibrante e empolgante final de sempre de um Campeonato do Mundo de Futebol. É impossível alguém ter assistido ao choque de titãs entre França e Argentina, ao longo de mais de duas horas, e não ter ficado a perceber, de forma avassaladora, o poder imenso deste desporto coletivo, onde se misturam, em cima de um relvado, todas as virtudes e defeitos da espécie humana: a arte e o engano, a inteligência e a força, a concentração e o improviso, o génio e o esforço.
Há discussões que sabemos serem intermináveis. Uma delas é a de procurar eleger o melhor jogador de todos os tempos – tarefa impossível tendo em conta a diferença de épocas, de estilos de jogo e até de formatos competitivos. Os números e as estatísticas de um jogador de há 50 anos não podem ser comparados diretamente com os da atualidade. Como também não há registos filmados que permitam estabelecer comparações, de forma séria, entre futebolistas de épocas diferentes. Por isso, haverá sempre dúvidas sobre quem foi o melhor de sempre: Pelé ou Maradona? Cruijff ou Zidane? Di Stefano ou Eusébio? Cristiano Ronaldo ou Messi?
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