Em matéria de estados de alma, oscilamos sempre entre a euforia e a depressão, mas hoje é um daqueles dias em que, com toda a certeza, podemos dizer que somos os maiores: os M-A-I-O-R-E-S! Jogámos muito bem, nota máxima para a seleção, fomos galácticos, estratosféricos, fizemos uma exibição de sonho, o futebol português vai longe, qualidade ao nível dos melhores do mundo, os M-A-I-O-R-E-S!
O engenheiro da seleção – que todos criticam, mas que apesar de tudo venceu o Europeu de 2016, factos são factos… – não se amedrontou, excluiu Cristiano Ronaldo do 11 inicial (“Portugal benches Ronaldo”, titulou o New York Times), ficando o quase quarentão Pepe com a braçadeira de capitão. E eis que os jovens, os nossos rapazes-maravilha, foram capazes de superar a sombra do gigante: 6-1 contra a Suíça, vamos defrontar Marrocos nos quartos de final, no próximo sábado, 10. Como dizia ontem o Manuel Barros Moura, que percebe mais disto a dormir do que eu com os olhos bem abertos, Fernando Santos largou a bomba-atómica, e felizmente os deuses estiveram com ele e abençoaram a sua corajosa decisão. Nunca saberemos se com Cristiano Ronaldo a coisa teria corrido assim tão bem, mas na verdade isso agora também não interessa. Somos os M-A-I-O-R-E-S!
