Começa a ser penoso assistir à forma como Cristiano Ronaldo está a encarar a fase final da carreira. Quem, como eu, se habituou a admirar-lhe o talento ímpar, a vê-lo como um dos maiores futebolistas de todos os tempos – quem viu jogar Zico, Maradona ou Messi e se lembra de ver imagens de Eusébio, Pelé ou Cruijff não pode escolher apenas um “melhor de sempre” – e a ser profundamente grato por tudo o que deu ao futebol português, não pode deixar de ficar triste com as atitudes com que começa a correr o risco sério de manchar uma carreira que tem sido, até aqui, notável a todos os níveis. Compreende-se que um atleta da sua craveira tenha feito tudo para poder continuar a jogar numa equipa de Champions League e que, não o tendo conseguido, fique frustrado. O que não é aceitável é que, depois disso, se comporte como se tivesse um qualquer direito adquirido a jogar sempre. E que faça birra (mesmo que venha garantir que foi e será sempre um irrepreensível profissional) quando é suplente ou é substituído. Ou, pior ainda, que abandone a equipa por perceber que só jogará os minutos finais, como aconteceu na quarta-feira, contra o Tottenham.
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