Olá, bom-dia
Agosto começa dentro de uma semana. Completaram-se ontem, 24 de julho, cinco meses desde que o regime de Putin invadiu a Ucrânia; estamos por isso a entrar no sexto mês de guerra. A Rússia até pode vir a perder no longo prazo, mas como muito bem disse o sempre atual John Maynard Keynes – e nunca é demais repeti-lo, por mais humor negro que possa parecer, nesta hora tão trágica para o povo ucraniano – no longo prazo estamos todos mortos. Arriscar perspetivas para o conflito que ameaça a paz na Europa é mais do que imprudente, sobretudo porque, avisam os analistas mais realistas, é preciso admitir que, a seguir à Ucrânia, pode bem vir a Geórgia, a Moldávia ou a Polónia. E, dos comentadores nacionais aos internacionais, todos argumentam que não é de todo sensato pensar que a “operação militar especial” – nas palavras cínicas com que o Kremlin justifica a guerra – não atravessará também o próximo inverno.