“Eles nunca mais se entendem/E a gente é que se trama”. Muitos dos que nos estão a ler já estão a trautear o “Sr. Feliz e o Sr. Contente” ou, pelo menos, a ouvir mentalmente Nicolau Breyner e Herman José. Os restantes talvez queiram dar um saltinho aqui às memórias da RTP para entender a alusão deste início, no rescaldo no que se passou ontem no Parlamento. Mais óbvia é certamente a constatação de quem “se trama” em várias frentes com o caos na Saúde, nas regiões em chamas, nos aeroportos, na carteira…
A Assembleia da República passou quatro horas da tarde de quarta-feira a discutir o Estado da Nação, naquele que foi o último debate parlamentar antes das férias do verão e o primeiro desde que o PS governa com maioria absoluta, com António Costa a assumir que “ao discurso do caos compete ao Governo responder com ação” ( “as oposições, perante os problemas, falam em caos, e o Governo, quando vê problemas, encontra desafios para procurar soluções”) e a garantir que o Estado está a trabalhar para colmatar ou reduzir os efeitos destes dramas em curso.