No longínquo ano de 1952, a grande Amália Rodrigues gravou, nos estúdios de Abbey Road, o tema “Não é desgraça ser pobre”. Tanto tempo depois, Portugal é menos pobre, é certo, mas continua com uma assinalável alergia em ser, senão rico, pelo menos mais desafogado.
A questão do nosso crescimento, dos nossos rendimentos e da nossa competitividade andam de mãos dadas. Um não acontece sem o outro, que precisa do outro, que não arranca por causa de aqueloutro. Entretanto vamos sendo ultrapassados por outros países europeus, num fado que lembra Amália, mas com bem menos talento.