Foi repetida três vezes, com emoção e convicção, a trilogia de Salazar que, segundo o ditador, permitia o perfeito equilíbrio da sociedade lusitana. Onde? Num encontro da União Nacional algures no início da década de 70? Não… Foi este fim de semana, no IV Congresso do Chega, pois claro.
Primeiro foi Pedro Lynce, delegado por Santarém, a citá-la alto e bom som aos microfones. Depois seguiu-se António de Oliveira Martins, que partilhou a sua “forma de ser português, com Deus, respeitando-o, com a Pátria, aprendendo a amá-la, com a Família, no respeito pelas suas tradições”. Mas a apoteose veio com o líder, que no discurso de encerramento disparou com o célebre “Deus, pátria, família” acrescentando-lhe o “trabalho”. “É nisto que este partido acredita e continuará a acreditar”, resumiu. “Isso não é ser fascista, é ser português de bem.”