Assim que se percebeu que a dissolução do Parlamento era inevitável e vinham aí eleições legislativas antecipadas começou uma corrida… às sondagens. E todas, até agora, dão o PS como partido mais destacado nas intenções de voto. Mas, na verdade, têm sido um instrumento relativamente inútil. A verdadeira corrida começará depois deste fim de semana, quando o maior partido da oposição tiver escolhido o seu líder. De forma inédita na nossa democracia, só a praticamente dois meses das eleições (marcadas para 30 de janeiro de 2022) vai ficar definido um dos seus principais protagonistas num dos dois partidos do chamado “arco do poder” – Rui Rio ou Paulo Rangel, saber-se-á já neste sábado, 27 de novembro.
Formalmente, este não será um sufrágio para escolher um “primeiro-ministro” mas, na prática, é assim que muitos eleitores olham sempre para as legislativas… E essa é outra originalidade portuguesa neste período eleitoral. Ao contrário do que aconteceu nos últimos anos em vários países europeus (França é, talvez, o melhor exemplo), os dois grandes partidos tradicionais continuam a disputar o poder a larga distância de outras formações políticas.