A ampulheta está virada e esvaem-se os últimos grãos de areia. Se os prazos fossem mesmo para cumprir, como tem insistido Alok Sharma, presidente da COP26, faltarão escassas horas, até ao final da tarde de hoje, para se alcançar o acordo pelo qual o mundo aguarda. Se, como muitos já antecipavam, se repetir a situação da última COP em Madrid, a cimeira pode bem arrastar-se até domingo, num push de última hora para se conseguirem os fundamentais consensos.
Finalmente os alertas científicas emitidos há mais de 25 anos a esta parte estão a ser ouvidos e levados a sério, e por isso as expectativas estão elevadas. Mas a ansiedade também. Como reportou ontem o enviado especial da VISÃO a Glasgow, Luis Ribeiro, depois de quase duas semanas de avanços, o “ambiente voltou a ficar pesado”: “os sinais que estão a sair cá para fora não são bons”.