“Pela boca morre o peixe”, diz a sabedoria popular e com razão. Vem isto a propósito do fim da temporada futebolística, que termina com mais um fracasso da equipa treinada por Jorge Jesus. O mesmo que, há pouco mais de dez meses, no momento da oficialização do seu regresso ao clube, prometeu que o Benfica iria “jogar o triplo”. Cheio de si e com o ego a rebentar pelas conquistas ao serviço do Flamengo, garantiu mesmo que a sua nova equipa iria “arrasar”.
O mesmo treinador que um dia disse que, nestas coisas do futebol, “sabe-se como tudo começa, mas nunca se sabe como acaba”, revelou, naquele dia de agosto, toda a imprudência da sua habitual gabarolice. Que não passaria de apenas mais um episódio no seu já longo historial de frases infelizes, não fosse o caso de ter sido, sem ele o querer, premonitório daquilo que viria a acontecer: O Benfica arrasou, de facto, e em triplicado, confirma-se. O problema é que os arrasados foram os seus próprios sócios e adeptos.