Com dois ex-Presidentes da República metidos ao barulho, a polémica sobre os diplomas do Governo para a reforma do comando das Forças Armadas atinge, esta-terça-feira, o ponto de rebuçado, com a discussão e votação, no Parlamento. Uma carta de protesto contra a reforma, subscrita por 28 generais e ex-chefes de Estado Maior, até teria passado mais ou menos despercebida, se não fosse a “estrondosa” presença do ex-Presidente da República, António Ramalho Eanes, que, com o peso da sua assinatura, praticamente obrigou o País mediático a lançar o tema para o topo da agenda política.
Embora a polémica tenha vindo a aboborar nas últimas semanas, com a VISÃO a escrever sobre o tema ainda em abril, a chancela de Eanes ao protesto colocou a discussão noutro patamar. E, esta semana, o nível de tensão subiu, com a definitiva transposição de um tema que parecia dizer respeito, apenas, aos militares, para o campo de batalha partidário: outro ex-Presidente da República, o civil Cavaco Silva, veio a terreiro afirmar que “seria chocante que o PSD apoiasse esta reforma do Governo”…