O fim de semana foi marcado pelo histórico derby entre Benfica e Sporting, apesar de já não contar para grande coisa. Talvez por haver pouco em causa, nos dias anteriores discutiu-se se o Benfica devia ou não fazer uma “guarda de honra” ao Sporting, acabadinho de vencer o título. A guarda de honra não é mais que um corredor feito pelos jogadores adversários, que aplaudem os novos vencedores, numa manifestação de respeito e de fair-play. Jorge Jesus, treinador das águias, lembrou que já ganhou três vezes o campeonato e nunca teve direito a tal homenagem. Um vice-presidente do Benfica indignou-se com a ideia e disse que guarda de honra só ao presidente, o acossado Luis Filipe Vieira. E as redes sociais, esse laboratório de ódio e agressividade, encheram-se de bitaites, com os poucos favoráveis à ideia a serem engolidos por críticas. Os argumentos andavam sempre à volta da mesma coisa: os outros não nos respeitam; os outros não fariam o mesmo por nós; os outros fizeram isto e aquilo. No outro lado do mundo, e falando de coisas bem mais importantes, em Israel e na Faixa de Gaza continua a carnificina e o terror, com o amontoar de tensão e de cadáveres ao mesmo ritmo. O fundamentalismo, o radicalismo, a força bruta e a incompreensão em todo o seu esplendor, com vítimas bem reais, de ambos os lados.
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