Olá, bom-dia
Hoje é o quarto dia de cerca sanitária em duas freguesias do concelho de Odemira. Há pouca gente nas ruas de São Teotónio e de Longueira-Almograve, o comércio está fechado e só é possível circular por motivos de força maior. Em causa estão os surtos de SARS-CoV-2, nascidos nas comunidades dos migrantes do Oriente – pessoas que, em troca de quase nada, atravessaram o mundo para trabalhar nas propriedades agrícolas daquela zona da Costa Vicentina. A realidade é trágica, existe à vista de todos e, sabemo-lo bem, não é novidade. A pandemia só veio amplificar o que se passa em Odemira – que devia envergonhar-nos, a todos. Ao olhar para aquelas freguesias alentejanas (assim como para algumas freguesias da ilha de São Miguel, onde a situação sanitária também é considerada de alto risco), obtemos a prova provada de que o coronavírus não é indiferente às condições, económicas e sociais, preexistentes.
Odemira é a prova de que não estamos todos no mesmo barco
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