O livro infantil “Eu ajudo: As histórias da Beatriz!”, criado pela Rádio Comercial e editado pela Plátano Editora, conta as aventuras de uma menina que adora ajudar o próximo. As 20 histórias da Beatriz foram escritas por toda a equipa da radio: locutores, sonoplastas e produtores. As ilustrações do livro também ficaram a cargo de um elemento da casa: Nuno Markl.
À VISÃO Solidária, o locutor confessou que fazer livros para crianças é algo que sempre esteve nos seus planos.
A iniciativa integra a plataforma da Rádio Comercial para a solidariedade, com o mote “Eu Ajudo!”. Os direitos de autor e 2% das receitas das vendas do livro revertem para a Fundação do Gil.
O lançamento do livro, que custa €10,60, realiza-se hoje, 1 de Junho, às 17h, na Casa do Gil, em Lisboa. A apresentação será feita pelo ator e humorista César Mourão e também por Nuno Markl, que ilustrou as histórias.
A VISÃO Solidária conversou com o locutor sobre a experiência de dar vida às histórias da Beatriz e de descobrir a personalidade dos colegas através das histórias que escreveram..
Como é que surgiu a ideia de escrever o livro “Eu Ajudo: As histórias da Beatriz!”?
A ideia partiu do Pedro Ribeiro e da Rita Rugeroni, em associação com a Fundação do Gil e com a Plátano Editora. O Pedro Ribeiro chamou-me ao gabinete dele e pediu-me para fazer as ilustrações do livro. Foi uma loucura fazer tantos desenhos em tão pouco tempo, mas deu-me imenso gozo porque eu gosto muito de desenhar, apesar de nunca ter tido formação. Foi alucinante fazer as ilustrações de todas as histórias da equipa da Comercial, sobretudo porque algumas envolviam coisas que eu não sei desenhar bem, como bicicletas ou golfinhos.
Como é que foi ilustrar tantas histórias?
Foi um grande desafio para mim. Peguei nos textos e nas ideias que os meus colegas da rádio tiveram e depois fechei-me em casa durante várias tardes para acabar o livro.
Onde foi buscar inspiração para tantos desenhos?
Essencialmente às histórias deles. Eu optei por não as ler antes porque isso deu-me um elemento de suspense e tornou o trabalho mais divertido. Tinha uma pasta cheia com as histórias deles e só rezava para que não tivessem escrito nada com cavalos ou motas porque isso eu não sei desenhar.
Já há algum tempo que quero fazer livros para crianças. É o tipo de coisa que quando já não fizer rádio vou adorar fazer: ilustrar, escrever e inventar histórias. E isto é uma espécie de ensaio para esse momento. Neste caso, é por uma boa causa, ajudar a Fundação do Gil e dar um impulso a este departamento humanitário da Rádio Comercial.
Como foi ter toda a equipa da Comercial a escrever histórias e a fazer desenhos para este livro?
Foi muito giro. A personagem principal, a Beatriz, é uma boneca que está vestida com as cores da Comercial e que aparece em todas as histórias do livro. E ela nunca tem duas missões iguais. Cada pessoa da equipa sentiu-se mais familiarizada com uma missão de boa vontade específica, fosse a cuidar do planeta ou a ajudar os idosos. Cada um revelou um lado da sua personalidade e isso foi muito interessante. Aperceber-me da sensibilidade dos meus colegas, quando estava sozinho em casa a ler os textos deles, foi muito engraçado.
Já tinha tido contato com o trabalho da Fundação do Gil?
Todos os anos apresento a Parada das Mascotes que a Fundação do Gil organiza na Expo. É sempre uma festa incrível onde marcam presença famílias inteiras para verem uma manifestação de pessoas vestidas de bonecos feitos pelas mais variadas marcas e artistas. E ao longo do tempo fui fazendo várias coisas para eles. Lembro-me de ter escrito para a Fundação quando a Margarida Pinto Correia ainda era presidente. Sempre que eles me chamam para alguma coisa, por mais pequena que seja, eu vou a correr.
Como figura pública sente que tem uma responsabilidade acrescida para fazer parte deste tipo de iniciativas?
Eu acho que sim. Nós podemos simplesmente fazer o nosso trabalho e ir para casa ao fim do dia. O mundo está cheio de causas que passam despercebidas. Se eu tenho um microfone à frente, se posso contribuir de alguma forma ao aproveitar a exposição que tenho, acho que é sempre útil divulgar e ajudar. É sem dúvida um dever que eu tenho.