Quebremos o silêncio! é a máxima do manifesto que convoca os defensores da igualdade de género para uma marche que parte hoje, 25, às 18h da Praça do Comércio em direção ao Rossio, em Lisboa.
A 5.ª Marcha Pelo Fim da Violência Contra as Mulheres realiza-se na data em que se assinala o Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres, formalmente instituído pelas Nações Unidas há 16 anos.
O fim da violência doméstica e sexual, do tráfico de mulheres, dos casamentos forçados, da mutilação genital feminina, do femicídio e do assédio sexual e moral são algumas das bandeiras da iniciativa.
“[A] convenção de Istambul afirma que a violência atinge de forma desproporcionada as Mulheres, pelo que a violência de género representa a forma mais extrema da desigualdade global e sistemática vivida por Mulheres e Meninas”, lê-se no manifesto.
Várias figuras públicas associaram-se à marcha através das redes sociais, com a #quebraosilencio, apelando a que o silêncio seja quebrado. As atrizes Jessica Athayde, Cláudia Vieira e Rita Pereira foram algumas das mulheres que se associaram à campanha.
A Amnistia Internacional, a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV), a União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR) e a Plataforma Maria Capaz são quatro das quinze instituições que associaram à associativa. Leia o manifesto completo aqui.
Este ano, já foram assassinadas às mãos dos maridos ou companheiros vinte e sete mulheres. Menos 14 face ao mesmo período no ano passado, revelam os dados do Observatório de Mulheres Assassinadas (OMA).
Outras 33 mulheres foram vítimas de tentativa de homicídio, revela a União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR).
Por mês, em média, morreram 2,6 mulheres.