Os responsáveis pelo “Projeto Matilha” iniciaram neste ano letivo o “UIVO”, projeto que envolve crianças e jovens do Agrupamento de Escolas de Marrazes, idosos do lar/centro de dia da Amitei – Associação de Solidariedade Social de Marrazes e crianças e jovens portadores de deficiência da Associação Portuguesa de Paralisia Cerebral e da Cercilei, em Leiria, que pretende educar os mais novos para a “diferença” e para o “respeito para com o outro”.
“Agora, finalmente, vão-se juntar todas as peças do puzzle e as pessoas vão perceber o que é o ‘Projeto Matilha’ e o que pretendemos”, explicou à agência Lusa Ricardo Romero, revelando que terá uma duração de “dois a três anos” e será implementado na União de Freguesias de Marrazes e Barosa.
O autor das pinturas de cães espalhadas pela cidade de Leiria acrescentou que o “UIVO” é um “complemento” do “Projeto Matilha” e que tem uma “enorme preocupação com a inclusão social”.
Catarina Dias, coordenadora do Projeto Matilha, explicou também que o projeto tem a sua vertente educacional. “Vamos utilizar contos e histórias já existentes. O mote vai ser o Sortudo da APPC, um cão diferente, que faz o paralelo entre os animais e os humanos diferentes. Vamos tentar explorar o tema com os miúdos”, acrescentou.
Ao longo do ano letivo vão reinventar o conto: “Já foi convidada uma pessoa para ajudar no arranjo musical, pois vamos fazer uma orquestra onde estarão desde as crianças com três anos aos mais idosos, mas utilizaremos instrumentos musicais adaptados. Aqui, vamos ter ajuda do CRID [Centro de Recursos para a Inclusão Digital da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais] e do Cinform [Centro de Integração e Formação Socioprofissional da Cercilei] para construir os instrumentos”.
Os grafitos serão uma das partes mais visíveis do projeto. Tanto os mais velhos como os mais novos vão criar murais alusivos à história do cão Sortudo, que ficarão visíveis para toda a população.