Uns dão casa, outros têm vestuário, eletrodomésticos ou brinquedos para dar. Outros ainda dizem-se apenas voluntários – estão empenhados em fazer o que for preciso.
Todos juntos, são mais de três mil inscritos na área de voluntariado do site da Plataforma de Apoio aos Refugiados (www.refugiados.pt), uma rede de organizações da sociedade civil portuguesa criada na sexta-feira, 4, para contribuir para o esforço de acolhimento e integração de refugiados em Portugal e apoiar as ONG que estão nos países de origem ou vizinhos.
A ideia não é alojá-los em centros de acolhimento nem recebê-los num contexto doméstico, mas sim ser uma instituição-anfitriã (uma autarquia, uma IPSS, uma associação…) a apoiá-los durante dois anos.
Será essa instituição, previamente inscrita na plataforma, a garantir que os refugiados têm cama, mesa e roupa lavada, aprendem português, arranjam trabalho (os adultos) e frequentam a escola (as crianças). “As instituições já existem, é só aproveitar os seus recursos ao máximo”, nota André Costa Jorge, diretor do Serviço Jesuíta aos Refugiados, um dos trinta parceiros da plataforma.