“São números muito pesados e, por isso, estamos conscientes de que a infância em Portugal não é um período de vida feliz para muitas crianças, porque vivendo em situação de pobreza e exclusão social encontram-se privadas de várias dimensões de bem-estar”, afirmou o presidente da Rede Europeia Anti-Pobreza (EAPN Portugal), padre Jardim Moreira.
A Cáritas, em conjunto com a EAPN, que coordena um grupo de trabalho de reflexão sobre este tema, defendem “a criação urgente de um programa de ação, assumido como instrumento de política pública para a prevenção e combate eficazes da pobreza infantil e exclusão social em Portugal”.
Já Dulce Rocha, vice-presidente do Instituto de Apoio à Criança, que também integra o grupo de trabalho, destacou “as múltiplas violações de que ainda são vítimas as crianças”.
As instituições defendem no comunicado, publicado no ‘site’ da Cáritas, que “construir memórias positivas é crucial para o desenvolvimento harmonioso de uma criança”, sendo que essa construção não depende apenas dos pais, mas também dos seus educadores, dos seus pares e de todos os adultos que os rodeiam.