De acordo com Sandra Duarte Cardoso, presidente da ONG SOS Animal, só falta que a Ordem dos Médicos Veterinários reconheça o diretor clínico da instituição. A Lusa contactou a Ordem para tentar perceber porque ainda não foi passada a acreditação do responsável, mas até ao momento não recebeu qualquer esclarecimento.
O hospital, onde há duas salas de consultas, uma de raio-x, um laboratório de análises, um bloco de cirurgia e três enfermarias (uma para gatos, outra para cães e uma outra para os casos infetocontagiosos), ocupa uma loja do Bairro da Horta Nova, arrendada à Câmara Municipal de Lisboa.
Quando funcionar, o hospital, cujo modelo “existe em vários pontos do mundo”, terá quatro tabelas de preços: uma normal, para o público em geral, uma outra para os associados, associações e colaboradores da SOS Animal e duas para pessoas carenciadas, devidamente sinalizadas.
Além disso, a associação pretende “criar postos de trabalho e também bolsas de estudo, para fomentar vontade e gosto em trabalhar com os animais”.
A presidente da SOS Animal lamentou não poder ajudar a população, referindo que “as pessoas às vezes não compreendem e ficam tristes com a associação”.
“Mas se atendemos temos um problema grave legal. Nós não podemos fazer qualquer tratamento médico-veterinário dentro do hospital até termos licenciamento, senão estamos a recorrer numa contraordenação que implica uma coima muito grande que pode inviabilizar o projeto”, explicou.