“As pessoas vivem um momento de mais austeridade” e “mesmo aqueles que antes nunca recorriam a instituições a pedir ajuda”, como pessoas de classe média, atualmente, “alguns com uma certa vergonha, veem-se obrigados a recorrer”, por não conseguirem suportar as despesas, disse António Vitalino Dantas, em entrevista à agência Lusa.
As pessoas que recorrem à Cáritas de Beja pedem ajuda para poderem “solucionar problemas de primeira necessidade”, como falta de alimentos e roupas e dificuldades em pagar despesas básicas, como as de eletricidade, água, médicos, farmácia e prestações da casa.
Por outro lado, “o desemprego tem afetado muita gente”, sobretudo jovens, que não conseguem o primeiro emprego e, por isso, “muitos emigram”, lamentou António Vitalino Dantas, que está há 16 anos à frente da Diocese de Beja.
A Diocese “não tem grandes meios” e vive “muito de donativos”, mas, “logo que começou a crise”, criou, em 2012, o Fundo de Emergência Social para a Cáritas ajudar famílias com dificuldades.