“Esperemos que se consigam encontrar algumas vias de saída. Eu não estou otimista sobre isto. Vai ser muito complicado e muito difícil. É uma tragédia humana o que se passa na Síria e no norte do Iraque. É terrível do ponto de vista humanitário”, disse Jorge Sampaio perante o segundo grupo de jovens a ser acolhido em Portugal.
A Plataforma Global dos Estudantes Sírios criada pelo ex-Presidente da República já trouxe para Portugal, em fevereiro, um primeiro grupo de 43 jovens fugidos do país em guerra e que já se encontram a estudar em vários estabelecimentos de ensino superior.
Agora, chegou um grupo de 24 estudantes sírios, rapazes e raparigas vindos do Líbano, Turquia e Jordânia, que vão para Braga, Guarda, Porto, Covilhã, Lisboa e Algarve, cidades onde vão continuar os estudos.
“Eles têm uma grande ligação às famílias que estão dispersas, quer em campos de refugiados quer em cidades. Alguns membros das famílias desapareceram. É uma situação terrível. Eles estão muito ligados às famílias, estão sempre a tentar contactá-las mas nem sempre as encontram”, explicou Jorge Sampaio.
Dirigindo-se aos estudantes – muitos deles refugiados no Líbano ou na Jordânia – Jorge Sampaio pediu empenho nos estudos e, sobretudo, para se integrarem no novo mundo. “Têm um simples dever: estudar para serem úteis no futuro, no vosso país, seja quando for”, concluiu o ex-Presidente apostado em continuar a trazer para Portugal, e para outros pontos do mundo os estudantes sírios vítimas da guerra civil.
Recorde a reportagem da VISÃO sobre os primeiros sírios que chegaram a Portugal, Adeus Síria, até ao nosso regresso.