O projeto da Associação Cozinha Solidária Refeições com Alma nasceu em fevereiro de 2012, em Cascais, para dar resposta ao problema da “pobreza envergonhada”, apoiando famílias de classe média, com filhos menores, em situação de desemprego, sem apoio alimentar e sem rede familiar.
“É um negócio social que está aberto ao público geral, em que todo o lucro é aplicado numa bolsa social que vai apoiar famílias que estão a passar por graves dificuldades económicas”, disse à agência Lusa Cristina de Botton, uma das fundadoras do Cozinha Com Alma (CcA).
Ao fim de um ano, o projeto conseguiu atingir o objetivo de disponibilizar 100 refeições diárias às famílias da bolsa social, que pagam um valor simbólico por refeição.
Em 2013, o CcA produziu 86 mil refeições, das quais 45 mil foram vendidas ao público geral e cujas receitas permitiram dar mais de 29 mil refeições às famílias carenciadas, que são apoiadas por um período de seis meses, renovável apenas uma vez.
Para garantir o anonimato destas famílias, foi criado “um sistema de pagamento com cartão recarregável” igual para todos os clientes. Além do apoio alimentar, o projeto promove ações de formação para ajudar as famílias a saírem da situação em que se encontram.
“A verba vai ser utilizada na construção de uma nova cozinha”, que irá permitir dar 200 refeições diárias e mais de 60 mil ao longo do ano, salientou Cristina de Botton.
O júri atribuiu ainda Menções Honrosas a três projetos: “Verdes Campos”, da Associação Figueira Viva, “Terra Nostra capacitação com raízes”, da Caritas, e “R.U.A – Resolver, Unir e Apoiar”, do Grupo de Ação Social do Porto.