Há cerca de um ano, na mesma altura em que a mulher perdeu o emprego e que nasceu a sua filha mais nova, Fernando Oliveira, 54 anos, resolveu criar uma página na rede social Facebook para divulgar serviços de trocas que não implicam dinheiro.
À VISÃO Solidária, o informático do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) explicou quais os objetivos por detrás da página Velas Valor Social.
Como funciona a página?
É apenas um índice de mérito das iniciativas existentes que evidencia uma realidade alternativa e extensa, pouco conhecida. Divulga, ocasionalmente, entidades públicas e privadas que desenvolvem sistemas de trocas.
Que tipo de serviços é que procura?
Exemplos de iniciativas voltadas para a sociedade onde haja trocas, como bancos do tempo ou lojas sociais.
Que papel gostava que a página tivesse?
De divulgação da capacidade de inovação neste tipo de alternativas ao comércio e de fazer ver aos municípios que ainda não as têm que vale a pena apoiar algo do género. Idealmente, gostava que alguns presidentes de câmara a quisessem oficializar um banco de tempo nos seus municípios, com tudo o que isso implicar: organização de tarefas “pagas” em horas e de benefícios ou descontos onde as pessoas as pudessem aplicar e acompanhamento dos resultados e falhas.
As trocas são a melhor saída em tempos de crise?
As trocas são úteis como uma forma de dinamização social, que gera movimento, deslocações, negócios locais e compras, tanto em tempo de crise, como de abundância. Acredito que são complementares ao dinheiro, mais do que um substituto.
Fernando Oliveira, fundador da página Velas Valor Social