Ao todo, o novo Plano Nacional de Voluntariado inclui 35 medidas com o objetivo de “reforçar a inclusão social” e “promover a cultura de voluntariado”.
Algumas delas foram anunciadas, em primeira mão, pelo ministro da Solidariedade e Segurança Social, Pedro Mota Soares, na conferência organizada pela VISÃO Solidária e pelo Montepio, que se realizou esta tarde, em Lisboa.
O ponto de partida é a alteração da lei do voluntariado mas, ainda este ano, deverá acontecer a primeira edição da Expo Voluntariado, um certame anual que será usado para divulgar entidades e programas que precisem de voluntários.
O Plano está dividido em três eixos: sensibilizar e informar (difusão de informação, debate e divulgação de boas práticas), promover e formar (contribuindo para o envolvimento do Estado no exercício do voluntariado) e agir e desenvolver (modernização do setor social).
A própria administração pública terá projetos de voluntariado “para que possa o próprio Estado incentivar à atividade dando o exemplo”, defendeu o ministro.
As escolas também foram contempladas pelo Plano, elaborado em parceria com todos os ministérios. Será criado um certificado para o ensino básico e secundário que premeie os alunos mais envolvidos em causas sociais. Espera-se que, no futuro, o mérito solidário seja reconhecido no mercado de trabalho. A solidariedade passará, também, a fazer parte dos programas escolares.
O selo da Escola Voluntária irá premiar as instituições que tiverem desenvolvido mais ações de caráter solidário ao longo do ano.
Mas não são só os mais novos que serão chamados a participar, haverá ações de sensibilização junto das academias sénior, autarquias, bombeiros, profissionais de saúde e, até, reclusos.
O Espaço Schengen servirá de plataforma para um intercâmbio europeu de voluntários que, mas palavras de Pedro Mota Soares, será “uma ação promotora da coesão territorial e da solidariedade entre povos que hoje tanto se impõe”.
Até 2015, será, também, lançado o Livro Branco do voluntariado, que trará novas propostas para o setor.
O ministro reforçou a importância da “sintonia entre estado e sociedade”, para que não haja “duplicidade” e “subaproveitamento”.
Também discursaram na conferência o presidente do grupo Impresa, Francisco Pinto Balsemão, o presidente do Montepio, Tomás Correia e os vencedores da 1.º edição do Prémio Nossos heróis promovido pela VISÃO e pelo Montepio.