A Associação de Defesa dos Direitos Humanos (ADDHU) está a desenvolver uma ação de apoio alimentar no Soweto, Quénia, desde maio do ano passado.
Em parceria com a God’s Vision For Africa, uma ONG queniana, ajudam mais de 700 crianças. Muitas delas comem a sua única refeição diária na escola, no âmbito desta colaboração.
Apesar do sucesso da iniciativa, que contribuiu para baixar a taxa de desnutrição das crianças beneficiárias e melhorar a sua frequência escolar, o programa corre o risco de ser cancelado devido à falta de fundos.
São necessários cerca de 17 mil euros para financiar as refeições de todo o ano escolar, que dura dez meses. Feitas as contas, a alimentação de cada criança apoiada (são mais de 700) tem um custo de 24 euros por ano.
Para conseguir reunir a verba necessária, a ADDHU lançou uma linha telefónica solidária. Cada chamada custa €0,60 + IVA, e €0,48 revertem diretamente para a ajuda às crianças quenianas. O número de telefone é 760 300 130.
No bairro de lata do Soweto vivem cerca de 40 mil pessoas. Mais de metade tem menos de 15 anos.
O país faz parte do Corno de África (onde também se incluem a Somália, Etiópia, Djibouti e Eritreia), e não escapa à crise alimentar agravada pela seca que assola a região.
A atual crise humanitária põe em risco a vida de 12 milhões de pessoas, entre elas 500 mil crianças. Em toda a região, morrem à fome por dia 2 500 pessoas. Uma centena são crianças. No Quénia, cerca de 37% da população do Norte necessita de ajuda alimentar urgente.
Mais informações em www.addhu.org.
Como ajudar
A Associação de Defesa dos Direitos Humanos (ADDHU) criou uma linha telefónica solidária. Cada chamada custa €0,60 + IVA. Desta quantia, revertem a favor do Programa Alimentar Escolar €0,48.
Para contribuir basta ligar: 760 300 130
Inspiração na Birmânia
A Associação de Defesa dos Direitos Humanos (ADDHU) é uma Organização Não Governamental para o Desenvolvimento portuguesa que desenvolve projetos de cooperação para o desenvolvimento e ajuda humanitária em Portugal, Quénia e Nepal.
Foi fundada há seis anos pela docente universitária Laura Vasconcellos depois de uma viagem à Birmânia que despertou o seu desejo por ajudar a população mais vulnerável, em particular as crianças.
A ADDHU presta assistência a crianças órfãs e a comunidades que vivem em situação de pobreza extrema, como é o caso dos 40 mil habitantes do bairro de lata do Soweto, localizado na capital do Quénia, Nairobi.