Em 1995, Manuel Azevedo voou, uma vez mais, entre a Irlanda e Portugal, trajeto que se lhe tornara habitual, depois de, três anos antes, ter decidido seguir a carreira profissional em Dublin. Natural de Lisboa, este engenheiro, licenciado no Técnico, decidiu, pela primeira vez, comprar bilhete na Ryanair que, celebrizada por ser uma companhia de voos de baixo custo, promovia viagens, desde 1985, entre a Irlanda e o Reino Unido. Recém-chegada a Portugal, a rota de estreia ligava Dublin a Faro, mas, mesmo obrigado, logo à chegada, a novo trajeto de quase 280 quilómetros até à capital, agora de autocarro, passou a ser opção frequente sempre que Azevedo desejava regressar a “casa”, para visitar família e amigos.
O aeroporto algarvio serviria como “porta de entrada” em Portugal para um modelo de negócio desenvolvido nos Estados Unidos da América – criado e implementado pela Southwest Airlines, em 1978 – e que chegava ao País pela mão da Air Berlin e da Ryanair. Outras companhias low-cost iriam seguir este exemplo, alterando radicalmente (e até à atualidade) o transporte de passageiros de e para Portugal.