Próxima do Arco da Porta Nova, uma das portas de entrada no centro histórico de Braga, a pequena loja contrasta com a imodéstia do nome: Rei do Pão de Queijo. Ao balcão, revezam-se as irmãs Anna Clara e Anna Lis Camargo, 23 e 21 anos, no negócio criado pelos pais. Na montra, vê-se outro tipo de salgados, como coxinhas de frango, empadas e pastéis de forno. Ao lanche, na esplanada, parece bater a saudade, e a maioria das mesas é ocupada por brasileiros. “Virou um ponto de encontro da comunidade”, dizem as irmãs, uma comunidade com cerca de 15 mil habitantes, 8% dos residentes do município.
“Bem-vindos a Braguil”, escreveu Ricardo Rio, o presidente da câmara, num artigo que ecoou do outro lado do Atlântico. “Em três dias recebemos 600 currículos na plataforma online Work in Braga, que faz o casamento entre os candidatos e as ofertas de emprego”, recorda o autarca. Nos últimos 10 anos, este foi o município cuja população mais cresceu em valor absoluto, cerca de 6,5%, e metade deste número deveu-se aos brasileiros.