Até agora, o território do Japão contabilizava, ao todo, 6852 ilhas, um número que não era atualizado desde 1987, quando a lista de ilhas deste país tinha sido determinada. Agora, este número aumentou para 14125, ou seja, mais do dobro.
Inicialmente, foram identificadas mais de cem mil novas ilhas; contudo, foram consideradas apenas aquelas com mais de 100 metros de circunferência, tal como aconteceu há mais de três décadas: de acordo com a agência de notícias japonesa Kyodo News, a Guarda Costeira do Japão mapeou à mão, há 35 anos, as ilhas com mais de 100 metros de circunferência, deixando de fora os bancos de areia localizados em rios e as ilhas em lagos.
Em dezembro de 2021, um deputado do Partido Liberal Democrata afirmou, durante uma sessão parlamentar, que era “um assunto administrativo importante que é do interesse nacional” compreender de forma mais precisa o número de ilhas pertencentes ao território japonês.
Agora, uma nova contagem com diferentes critérios foi realizada, utilizando um método muito mais recente e digital, que teve por base um mapeamento eletrónico de 2022. Os dados deste mapeamento foram, depois, complementados com nova informação e várias fotografias aéreas.
Apesar das novas descobertas, a Autoridade de Informação Geoespacial do Japão afirmou, durante esta semana, que o novo número de ilhas identificado reflete os avanços na tecnologia e o detalhe dos mapas utilizados para a contagem, não tendo alterado, provavelmente, a área total do território japonês.
As ilhas que rodeiam este país foram – continuam a estar – o centro de várias disputas entre o Japão e outros países, com o primeiro a reivindicar, por exemplo, desde o final da Segunda Guerra Mundial, as ilhas Curilas, que permanecem sob administração russa e que Tóquio apelida de Territórios do Norte. Além disso, apesar de controlar as ilhas desabitadas de Senkaku, são também disputadas pela China.