“Ano novo, vida nova.” Depois dos votos e intenções, o ritual que se segue: entre o realismo e a fantasia, faz-se um contrato implícito para mudar de vida, no qual cabe, invariavelmente, uma certa ideia de felicidade que, não raras vezes, morre na praia.
Numa altura em que os desejos parecem proporcionais à inflação e os sobressaltos podem estar ao virar da esquina, será essa uma forma de compensar o viés da negatividade de que falam os cientistas? Isto porque o nosso cérebro está programado para memorizar os estímulos negativos, em detrimento dos positivos. Ou será antes um anseio ancestral que nos faz crer num futuro melhor?