O incêndio na Serra da Estrela continua sem dar tréguas: de acordo com o comando distrital da Proteção Civil, a meio da manhã desta terça-feira permaneciam ativas três frentes de incêndio: Sarzedo, freguesia de Teixoso e Sarzedo (Covilhã); Seixo Amarelo, freguesia de Gonçalo (Guarda); Vale da Amoreira (Manteigas, Guarda). No local encontram-se mais de mil operacionais, acompanhados por mais de 300 viaturas.
O presidente da Câmara Municipal da Guarda ativou o Plano de Emergência de Proteção Civil, pedindo que sejam enviados todos os meios possíveis para ajudar no combate. Apesar disso, na Covilhã, a situação é agora mais favorável.
Recorde-se que o fogo começou a 6 de agosto, tendo sido dado como dominado no dia 12 de agosto. Contudo, o reacendimento em Vale de Amoreira, no concelho de Manteigas, distrito da Guarda, na Serra da Estrela, fez com que os profissionais tivessem de voltar ao combate.
O incêndio passou por Valhelhas e Gonçalo, no concelho da Guarda, e pela freguesia de Vale Formoso e Aldeia do Souto, na Covilhã.
Europa alcança recorde em área ardida
Desde o dia 1 de janeiro, os incêndios devastaram 662776 hectares de florestas na União Europeia, de acordo com dados atualizados este domingo pelo Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (EFFIS), que mantém estatísticas comparáveis desde 2006, graças a imagens de satélite do programa Europeu Copernicus, avança a Agência Lusa.
A área mais afetada pelos incêndios é a Península Ibérica e, embora a época alta dos incêndios ainda não tenha terminado, os dados relativos à União Europeia mostram a situação mais grave já vivida neste período do ano.
O anterior recorde para a Europa foi em 2017, quando 420913 hectares tinham ardido até 13 de agosto e 988087 hectares no total do ano, mais de 400000 num só mês.