A morsa Freya, com os seus 600 quilos de peso, tornou-se uma atração no fiorde de Oslo, ao longo das últimas semanas, e essa popularidade foi a justificação apresentada pelas autoridades norueguesas para o abate do animal, neste domingo, 14.
Longe do habitat natural, em que a camada de gelo sobre as águas lhe proporciona a superfície ideal para descansar (as morsas dormem muitas horas seguidas), Freya passou os últimos dias de vida a saltar para cima de barcos e respetivos cais numa zona de recreação náutica, que os habitantes de Oslo usam durante o verão para as mais variadas atividades aquáticas.
Apesar dos avisos sucessivos, as autoridades marinhas da Noruega alegam que, dentro de água, os turistas nunca respeitaram as distâncias de segurança para o animal – protagonista de muitas fotografias durante estas semanas -, que por sua vez, dada a sua sociabilidade, também gostava de “perseguir” pranchas de paddle surf, canoas e todo o tipo de embarcações que por ali circula.
As autoridades consideraram que seria arriscado tentar transportar a morsa para o seu habitat e garantem que o abate era a única solução realista, tendo em conta o risco de acontecer um acidente com pessoas, mais tarde ou mais cedo, em virtude do elevado número de interações.
“A decisão de recorrer à eutanásia foi tomada com base numa avaliação global da ameaça persistente à segurança humana. Ponderámos cuidadosamente todas as soluções possíveis e concluímos que não poderíamos assegurar o bem-estar do animal com os meios disponíveis”, lê-se num comunicado das autoridades,
Freya já tinha sido avistada ao largo do Reino Unido, Países Baixos, Dinamarca e Suécia, e a decisão de abatê-la está longe de ser consensual, entre a comunidade de biólogos marinhos.