Conseguíssemos nós que este texto fosse lido com os efeitos cinematográficos do 4D e ele estaria impregnado daquele aroma floral e térreo que exala da baforada de um charro, deixando boa onda no ar. Aquele mesmo que sentimos no miradouro de Santa Catarina, em Lisboa, quando o sol primaveril vai a caminho do horizonte.
Por aqui, com o Tejo a parecer quase mar, a canábis fuma-se às claras, no meio de litrosas de vinho e de cerveja. Quando os jovens cantam Manu Chao, ninguém acredita no refrão do tema Clandestino, “Marihuana illegal” – até porque o fazem enquanto passam a ganza de mão em mão, à frente de todos.