Quase dois anos e meio depois do início da pandemia, que contabilizou mais de 6,2 milhões de mortes reportadas (a Organização Mundial da Saúde estima que o número real de mortos seja o triplo) e 515 milhões de infeções, em que ponto nos encontramos? A resposta pode variar segundo a latitude de cada país – a situação não é igual em todo o mundo –, mas uma coisa parece ser certa: as subvariantes da Ómicron vieram baralhar, outra vez, os dados.
A rapidez com que a Ómicron se disseminou pelos quatro cantos do mundo e as sublinhagens que entretanto apareceram posicionam-nos numa espécie de roda da sorte. Agora que foram reduzidas as medidas de contenção (inclusive com muitos países a deixarem cair a obrigatoriedade do uso de máscara), que se fazem menos testes e se vive com uma elevada saturação pandémica, a verdade é que não adianta tapar os olhos e os ouvidos: a pandemia está em plena quinta vaga, as infeções aumentam, e as mortes também, e a situação em Portugal não é das melhores – aliás, é das piores no que aos novos casos diz respeito.