No passado dia 19 de abril, Artur Vaz, diretor da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes (UNCTE) da Polícia Judiciária (PJ), sentou-se diante dos microfones e das objetivas para anunciar aos jornalistas os (bons) resultados da Operação Descobrimento, conduzida pela PJ e pela Polícia Federal brasileira, que permitiu desmantelar uma organização criminosa especializada no tráfico internacional de cocaína. Agora, o principal mentor do combate ao narcotráfico em Portugal arrisca sentar-se no banco dos réus depois de se ter envolvido, há cerca de dois anos, em plena via pública, numa cena de discussão e pancadaria no trânsito com um indivíduo, à época, de apenas 22 anos, mas com antecedentes criminais, sabe a VISÃO.
O Ministério Público (MP) já concluiu o inquérito e a procuradora não teve dúvidas em pedir a acusação e condenação de Artur Vaz (e também do outro envolvido) por um crime de ofensa à integridade física qualificada – que prevê, em regra, uma pena de prisão até três anos ou pena de multa (ofensa simples) ou uma pena de prisão de dois a dez anos (ofensa grave) – e ainda que lhe seja aplicada uma pena acessória de suspensão do exercício das suas funções.