Fomos avisados, desde cedo, que o combate à pandemia Covid-19 era uma maratona e não um sprint. Mesmo assim, passados dois anos, embora mais bem apetrechados com informação, o vírus não deixa de surpreender até quem o monitoriza diariamente. Continuamos a correr para cortar uma meta que vai sendo colocada cada vez mais longe da partida. Em resultado do aparecimento de subvariantes da Ómicron, as infeções voltaram a disparar para níveis históricos no Reino Unido e na Alemanha, no início de abril; e da China chegam notícias de grandes cidades fechadas na sequência de surtos. É precoce ou inevitável falar sobre uma sexta vaga da pandemia e na quarta dose da vacina contra a Covid-19?
Em Portugal, é cedo, garantem à VISÃO especialistas que produzem dados para o Governo. Com uma cobertura vacinal superior à dos países acima mencionados e ainda sem registo expressivo das misturas originadas pelas linhagens da Ómicron, os casos e as mortes estão a percorrer uma curva descendente. Na próxima semana, o número de óbitos já deverá tocar no estabelecido para aliviar as poucas medidas de contenção em vigor no País, nomeadamente a obrigatoriedade do uso de máscara em espaços fechados.