Os sintomas provocados pelo vírus SARS-CoV-2 podem não desaparecer após o período contagioso. Há pessoas que mantêm queixas durante semanas ou mesmo meses. Fadiga, falta de ar, palpitações, cefaleias, dores musculares ou dificuldades de concentração são alguns dos problemas relatados. Os profissionais de saúde estão empenhados no diagnóstico e tratamento desta nova condição, que já exige recursos adicionais ao Serviço Nacional de Saúde.
É este puzzle intrincado que o artigo A Longa Estrada Pós-Covid procura desvendar. Publicado em abril de 2021, este trabalho da autoria da jornalista Vânia Maia, foi agora distinguido com o Prémio Jornalismo em Saúde, categoria Imprensa, atribuído pelo Clube de Jornalistas e pela Apifarma (Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica). A mesma reportagem já havia sido premiada no ano passado.
A Direção-Geral da Saúde (DGS) publicou no passado mês de março as linhas orientadoras de diagnóstico e abordagem clínica da long covid, agora formalmente apelidada de condição pós-covid-19. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que entre 10% a 20% das pessoas contagiadas sofram de sintomas da doença após recuperarem da fase aguda da infeção.
É o segundo ano consecutivo em que a VISÃO recebe esta distinção. No ano passado, foi galardoado o trabalho Os Heróis da Linha da Frente, pioneiro a mostrar como os hospitais foram obrigados a reorganizar-se devido ao SARS-CoV-2. E é o sexto prémio atribuído à cobertura da pandemia feita pela VISÃO.
Este ano, o estreante Grande Prémio Jornalismo em Saúde foi atribuído à reportagem Estado Crítico, transmitida na SIC, da autoria da jornalista Lúcia Gonçalves, com os repórteres de imagem Pedro Tiago, Joaquim Gomes e Luís Dinis e edição de Miguel Castro. Também o Prémio Carreira, outra novidade da 6.ª edição da iniciativa, coube a uma jornalista do mesmo canal: Dulce Salzedas.
A SIC foi ainda galardoada na categoria de Televisão pela reportagem Os Maestros das Emoções, de Catarina Marques, com o repórter de imagem Humberto Candeias, o editor de imagem Rui Félix, o colorista Rui Branquinho, grafismo de Fernando Ferreira, produção de Cláudia Araújo e coordenação de Luís Marçal.
Na Rádio, foi distinguida a TSF, pelo trabalho Apontados a Dedo, de Filipe Santa-Bárbara, com pós-produção áudio de Margarida Adão.
O artigo A Máquina de Salvar Vidas, do jornal Público, com desenvolvimento web de Rui Barros, texto de Sofia Neves, vídeo de Teresa Pacheco Miranda e fotografia de Manuel Roberto, recebeu o prémio de Jornalismo Digital.
O Clube de Jornalistas e a Apifarma distinguem, ainda, um trabalho de um estudante universitário. O vencedor foi Rui Vieira Cunha, da Universidade do Porto, pelo trabalho académico Síndrome de Tourette: Os tiques não os definem, que contou com a colaboração de Ana La-Salete Silva, Leonor Hemsworth e Miguel Freitas.