Doutorado em Física pela Universidade de Oxford, o cientista britânico, de 36 anos, mudou de carreira quando se deu conta de que o envelhecimento é o desafio científico mais importante do nosso tempo. No Francis Crick Institute, aprendeu a descodificar o ADN e a prever ataques cardíacos com base nos registos médicos dos doentes. Em Eternamente Jovem – Como a Ciência planeia travar o envelhecimento (Saída de Emergência, 332 págs., €18,80), Steele apresenta estudos inovadores no campo da biologia celular e acredita que, num futuro próximo, será possível tratar e, até, reverter o declínio do corpo e da mente.
O que o levou a repensar o seu objeto de estudo?
Tinha 26 anos quando descobri a “lei de Gompertz” [probabilidade de morrer em função da idade, que data do século XIX]. À luz dos dados que temos hoje, confirma-se que o risco de morte duplica a cada oito anos, em qualquer parte do mundo. Esse gráfico fascinante sugere a existência de um processo sincronizado relativo às doenças de que podemos sofrer. Decifrá-lo vai permitir saber o que nos faz envelhecer, por isso troquei a física pela biologia!