Ethel media apenas 1 metro e 52, e não era robusta, embora tivesse ganho alguns quilos na prisão. Quando se sentou na mesma cadeira elétrica em que o marido, Julius, acabara de ser executado, todos os que estavam na sala viram como as correias pareciam demasiado largas para o seu corpo. Talvez por isso ela não morreu logo ao primeiro choque de dois mil volts. Nem ao segundo ou ao terceiro ou ao quarto, aliás.
Seriam necessárias cinco descargas para o coração da pequena mulher parar de bater. Só então os guardas foram dizer ao rabino Irving Koslowe, durante décadas capelão judeu da prisão de Sing Sing, no estado de Nova Iorque, que podia parar de entoar salmos. Os comunistas Julius e Ethel Rosenberg, acusados de terem revelado segredos nucleares americanos à União Soviética, em plena Guerra Fria, já não pertenciam ao mundo dos vivos.