A chuva de meteoros das Perseidas, que todos os verões ilumina o céu no hemisfério norte, vai ter o seu momento de maior intensidade, em 2021, na noite desta quinta-feira, 12. O fenómeno de estrelas cadentes, este ano previsto entre os dias 17 de julho e 24 de agosto, é visível “em noites estreladas” e “sob temperaturas agradáveis”, estando o seu auge previsto para o período entre as 20 e as 23 horas de amanhã, segundo o Observatório Astronómico de Lisboa (OAL).
É a partir das 21h30, porém, quando o céu escurecer, que o espetáculo poderá ser apreciado a olho nu, sobretudo em zonas “com um horizonte desimpedido”, fora das grandes cidades. “Se o céu se apresentar límpido, teremos uma maravilhosa visão do céu”, antecipa o OAL. “Ver-se-á Júpiter na constelação de Aquário, Saturno a seu lado na constelação de Capricórnio, e as maravilhosas constelações de Verão já aparecerão em todo seu esplendor.”
As Perseidas resultam da passagem da Terra pelos fragmentos que o cometa 109P/Swift-Turtle deixou para trás na sua mais recente entrada no sistema solar interno, em 1992. O efeito visual que daí sobressai, em forma de estrelas cadentes, é exacerbado ou esbatido pelas condições lunares. Em 2021, como anuncia o OAL, o instante da fase da Lua Nova ocorreu no passado domingo, 8, pelo que se esperam “excelentes condições” de observação.
O programa das festas começa com poucos meteoros a percorrerem maiores distâncias no céu e, à medida que a noite avançar, aguarda-se um maior número de rastos de meteoros, de luz mais intensa, mas de duração mais reduzida. “Se as condições estiveram perfeitas”, podem ser vistas 110 estrelas cadentes por hora.