No dia em que Glafira Rosales apareceu com uma pintura de Rothko na Knoedler, em Nova Iorque, a diretora da galeria, Ann Freedman, quis acreditar estar perante um negócio extraordinário. Em meados da década de 1990, o mercado da arte encontrava-se sedento de obras de expressionistas abstratos e a história que lhe contava aquela mulher mexicana, bem vestida e bem-falante, fazia sentido.
O sr. X herdara a coleção do pai, um milionário que vivera discretamente em Manhattan por ser homossexual e que comprara dezenas de quadros a artistas ou através de galeristas entretanto já desaparecidos. As obras que colecionara eram inéditas e os preços propostos por Glafira muito razoáveis.