Se passa os olhos com indiferença pela fotografia que ilustra este artigo, seguramente não sofre de ecoansiedade. Mas fique sabendo que esse desprendimento vai perturbar aqueles para quem estas imagens apocalípticas são verdadeiros atentados à sanidade mental.
Na generalidade dos casos, esse desconforto emocional “dá-se porque uns quantos, os ecoansiosos, ao contrário de muitos tantos, apresentam uma maior consciência do desaire ambiental e climático em que se encontram. Sozinhos, impotentes, indignam-se, revoltando-se inúmeras vezes. Uma vez aqui, na ausência da mudança comportamental das comunidades e percebendo a falta de soluções imediatas por parte dos países, sentindo-se incapazes de, por si só, atender a tal catástrofe, desencadeiam, eles próprios, sintomatologias de desconforto, em especial do foro da psicologia”. É assim que Paulo Vieira de Castro, autor do livro Isto Não É Uma Invenção. Ecoansiedade e o Futuro do Planeta (a ser lançado no dia 27 de maio, no festival MENTAL), define esta nova doença ambiental.